Um condomínio em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, decidiu criar um jornal para manter todos os moradores informados. A medida adotada pelo Residencial Santa Bárbara – onde há 1.200 apartamentos e 6 mil moradores – foi tomada porque era muito difícil compartilhar as novidades e mudanças. “Isso aqui é uma cidade, precisaria de um jornal”, afirma a síndica, Fernanda Toledo.
O informativo, criado há quatro meses, tem publicação mensal. O subsíndico de cada bloco cuida da distribuição do material. “Qualquer tipo de informação, mesmo que alguma reclamação, a gente coloca embaixo das portas e no mural também”, conta Maria Margarida Gessi, subsíndica do bloco 36.
O jornal já tratou sobre mutirão de limpeza nos edifícios, vazamento de água, locação do salão de festas e prestação de contas. Os textos trazem as informações básicas e as dúvidas podem ser esclarecidas com a administração. “Foi uma forma da gente ficar mais a par do que está acontecendo no condomínio”, diz a dona de casa Andréia do Amaral Prismith.
O assunto campeão do informativo, publicado em todas as edições, é o dos carros que são estacionados em cima da pista de caminhada. O segurança tenta impedir, mas os motoristas nem sempre respeitam. “Eu notifico o carro, cor, placa, mando pra administração e eles tomam as medidas cabíveis”, conta o segurança Tiago Belarmino da Silva.
Em outro condomínio no bairro do Cambuci, na região central de São Paulo, as ocorrências são registradas na internet. “A ideia surgiu da necessidade do condomínio que eu passei a morar e faltava um pouquinho de transparência na documentação que a administração mandava”, conta Jaques Nepomuceno dos Santos, criador do site.
Quem quiser pode entrar na página e acessar o regulamento. Também há espaço para comunicados e o mapa de localização do prédio. Cada morador tem um login e uma senha e, apenas com esses dados, é possível imprimir o boleto da taxa do condomínio, reservar o salão de festas, ver como está a prestação de contas e até fazer propaganda.
Os serviços on line estão no ar há um ano e meio e a manutenção custa R$ 150 por mês. Segundo a síndica, o dinheiro está sendo muito bem empregado. “Facilitou bastante pela rapidez dos avisos, das notícias que queremos e para a transparência dos próprios condôminos do dia a dia”, afirma a síndica, Maria Tereza Ortiz. Os moradores também aprovam o serviço. ”A resposta é muito rápida”, diz o bancário Osmir Renato de Oliveira.
Fonte: G1