As eleições municipais na capital paulista transcorrem em clima de tranquilidade na manhã de ontem (7). Apenas uma pessoa havia sido detida pela Polícia Militar (PM) por distribuição ilegal de material eleitoral, prática conhecida como boca de urna.
A candidata ao cargo de vereadora pelo Partido Pátria Livre (PPL), Rosângela Zanon, foi presa em flagrante no Largo do Cambuci, na zona sul de SP, distribuindo panfletos em nome do candidato a vereador pelo mesmo partido Sérgio Cruz. De acordo com a PM, foi encontrado em um carro próximo à candidata uma quantidade significativa de material. Ela foi detida e levada ao 8º Distrito Policial (DP), onde assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberada em seguida.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) informou ainda, em balanço divulgado às 11h, que apenas 33 urnas precisaram ser substituídas em todo o estado, o que representa 0,04% do total de 86.462. Só na capital, 12 urnas tiveram que ser trocadas. Essa substituição representa 0,05% do total de 23.779 urnas.
Na capital paulista, 8,6 milhões de eleitores vão às urnas neste domingo para escolher os seus representantes na Câmara Municipal de São Paulo e na prefeitura de São Paulo. A disputa para prefeito em São Paulo ocorre entre 12 candidatos. As 55 vagas de vereador são disputadas por 1.165 pessoas. No estado, cerca de 31,2 milhões de pessoas estão aptas a votar.
A reportagem da Agência Brasil esteve em dois locais de votação na capital. Quase 20 mil pessoas devem passar até as 17h pela Academia Paulista Anchieta Uniban, no bairro do Campo Limpo, na zona sul. Esse local receberá o maior número de eleitores na capital, com 19.965 votantes.
Antes mesmo da abertura dos portões, o local já tinha fila de eleitores aguardando para votar. Apesar da grande circulação de pessoas, por volta das 10h, a movimentação na Uniban era tranquila, sem filas nas salas de votação.
No prédio da Faculdade Integrada Alcântara Machado (Fiam), no bairro do Morumbi, zona sul da capital, os eleitores votavam com rapidez por volta das 11h. “Já sabia o número dos meus candidatos, passei menos de dois minutos na urna”, contou o jóquei José Aparecido da Silva, 35 anos.
A aposentada Maria Lourdes Borges, 85 anos, mesmo sem a obrigatoriedade do voto, fez questão de registrar sua opinião. “Sigo o exemplos dos meus pais, que também participavam das eleições mesmo sem precisar. Tenho prazer em votar. Acho que posso fazer a diferença”, declarou. Para a passadeira Graziele Matos, 31 anos, o novo prefeito deverá estar atento, principalmente, as questões de saúde e educação. “Estou tentando uma vaga na creche para meu filho há quase um ano”, exemplificou.
Fonte: Jornal do Brasil